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25 de abr. de 2009

Time - O Amor contra a passagem do tempo

Ao trombar com uma mulher na saída de uma clínica estética, a rotina de Seh-Hee é totalmente alterada. Isso porque esse encontro germinou em sua cabeça a idéia de que a plástica seria a solução para a crise em seu relacionamento.

Após dois anos juntos, Seh-Hee acredita que se tornou desinteressante para o namorado Jim Woo, com quem sempre discute por ciúmes. Instatisfeita consigo mesma, ela pensa que o problema é o seu físico, então a solução seria se tornar uma nova mulher, literalmente.

Para tanto, ela desaparece sem dar explicação ao pobre Ji-Woo e não dá sinal de vida durante o tempo em que se recupera da operação. Quando finalmente reaparece, ela logo recolhe os frutos de seu plano pra lá de engenhoso.

Ji-Woo se apaixona pela nova Seh-Hee (com um nome falso), mas, sem ter a consciência de que se trata da mesma mulher, não conseque esquecer sua ex-namorada. Extremamente ciumenta, Seh-Hee não consegue conviver com a dúvida do namorado, mas também não se decide por qual das duas mulheres ela sente mais ciúmes.

Ji-Woo, após descobrir o que sua namorada fez, também recorre a plástica e promete reaparecer como um homem novo depois de seis meses. O tempo passa e ele não reaparece. O que terá acontecido com Ji-Woo?

A parte final desta película é totalmente angustiante, quando Seh-Hee percebe que qualquer homem poderia ser seu namorado e parte em uma busca desesperada para reencontrá-lo, sujeitando-se a se relacionar com diversos parceiros e sempre se frustrando.

Sem conseguir viver com a incerteza do paradeiro de Jim Woo, ela toma uma decisão radical. O resultado? Vale a pena conferir o filme!

Kim Ki Duk é um dos meus diretores preferidos e não é a toa. Todos os filmes dele que eu tive a oportunidade de assistir tocam em questões profundamente humanas e sempre geram uma crítica à sociedade. Impossível deixar de refletir sobre o tema de seus filmes, isto é, se você não é daqueles que se incomodam com os finais abertos.

Neste filme em particular é notória a reflexão em torno da neurótica compulsão contemporânea em modificar sua aparência - e nunca se contentar com o resultado, diga-se de passagem - a ponto de perder a própria identidade. E uma das causas para essa compra desenfreada de um "novo rosto" se deve à facilidade de se recorrer à cirurgia plástica, um ramo da medicina que foi
transformada em puro comércio.

Dica: o filme está com um preço bacana na Livraria Cultura.